Instabilidade geopolítica, mudanças sociais, migrações em massa, guerras localizadas, polarização política, desastres naturais... São diversos os fatores que interferem nas economias ao redor do mundo. Países como a China, que produzem inúmeros itens para o mundo todo, ou o Brasil com seu agronegócio que alimenta grande parte da população mundial, ao mesmo tempo em que são afetados por eventuais ocorrências também podem ser protagonistas em outros momentos, muitas vezes imprevisíveis.
E a melhor forma de termos investimentos protegidos, sejam eles internacionalizados ou não, é com uma diversificação da carteira, distribuindo, de forma equilibrada e de acordo com o perfil de risco aceito por cada investidor (o que deve ser analisado de forma adequada pelo próprio investidor e eventualmente por um assessor), as diferentes classes de ativos. Nos Estados Unidos encontramos as mesmas classes de ativos, que podem ser classificadas em renda fixa, renda variável, fundos de investimentos, commodities, derivativos e imóveis. Assim, títulos de renda fixa privada (CD) e títulos do tesouro americano (Treasury Notes, Treasury Bills e Treasury Bonds), estão ao alcance dos investidores, sem mencionar a maior oferta de ações, especialmente em setores que no Brasil têm baixa relevância, como o de tecnologia.
As proporções a serem destinadas a cada classe dependerão do perfil de risco de cada investidor, podendo ser 100% em renda fixa a 100% em renda variável. De qualquer forma, mesmo nesses extremos, será necessária a diversificação em diferentes ativos, com diferentes indexadores, classes de risco, vencimentos e setores. Novamente, a ajuda de um assessor com conhecimento de ativos internacionais e acesso a informações como relatórios de casas de análise, é mais do que recomendada.
Ao investidor que ainda não tem familiaridade com o mercado americano e internacional, ou não tem como se aprofundar seus conhecimentos em estratégia, movimentos macroeconômicos ou as especificidades de cada setor ou empresa, uma boa saída está nos ETFs. Assim como os fundos de investimento imobiliário (FIIs), mais conhecidos dos brasileiros, ETFs são fundos de investimento administrados por gestores profissionais que agrupam diversas empresas de determinados setores, ou mesmo que replicam índices como o próprio S&P500 (similar ao índice Bovespa).
Assim como os FIIs, os ETFs são negociados por cotas, com a possibilidade de compra ou venda a qualquer momento, ou seja, sem data de vencimento, e ainda com a possibilidade de investimento de valores abaixo do preço de sua cota. Dessa forma, um investidor pode usar um saldo de US$ 10 para comprar um ETF que tenha cota no valor de US$ 100. Como ativos de renda variável, os ganhos dependem da valorização da cota de cada um (que pode ser negativa), mas também há opções de ETFs que pagam dividendos.
No entanto, todos os números são muito maiores do que no Brasil: mais empresas de capital aberto, mais investidores e maior volume investido per capita, as opções oferecidas são igualmente muitas vezes maior.